5 de dez. de 2013

Meu Desacerto (...)


Nada mais decepciona um ser,
Do que um grande falso amor.

Coração ferido, dor profunda.
Não há socorro, não há volta.
Uma vida doada à arte de amar,
Quem não cedia um segundo,
Para ser de verdade.

Não há lágrima mais sofrida,
Do que aquela derramada em vão.

Insistência. Desespero.
Parece não estar acontecendo.
Não é possível. Mas foi.
Tocou fundo.
Feriu e sangrou.

Uma verdadeira borracha,
Que apagou meu desenho.

Ando fria, calada, chorosa.
Encaro os fatos às cegas,
E sem perceber me afasto dos meus afetos.
Tão desastrada com os sentimentos,
Tudo me deixou confusa,
Fechada, sem força.
Me estranho ao me ver.
Como? Não sou eu.
Onde está aquela minha face tão colorida?

Frente à todo esse sofrer,
A única gota de esperança é
Ter uma chance de reescrever uma nova história.

Mesmo diante do medo que afronta,
Mesmo ainda tonta,
Eu carrego em mim certezas.
Certeza que é necessário cuidar de si,
Amar à si.
Certeza de que essas lágrimas virarão largos sorrisos
Certeza de que ao me levantar, estarei mais forte.
Certeza de que a vida me trará a alegria novamente...


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